A Consultora Thayane Fidelis, desenvolveu um Plano de Ação de Marketing e Vendas para a Futurarte, e implantou o mesmo na cooperativa. Dentre as estratégias de vendas desenvolvidas, criou o Projeto de Vendas Diretas, por catálogo digital. Um projeto inovador, que prima pela sustentabilidade em todos os seu eixos. Abaixo, parte da matéria publicada no Minas Inova.
A Cooperativa de Artesanato Futurarte vislumbrou no mercado de vendas diretas uma oportunidade para manter o seu negócio em plena operação e, estrategicamente, expandir sua área de atuação. Para isso, a instituição criou um catálogo virtual de seus produtos, que poderão ser visualizados por meio de tablets ou smartphones, e, dessa maneira, conseguir captar novos revendedores que se identifiquem com o artesanato e com a causa social . Com essa iniciativa, a Futurarte será pioneira na modalidade de vendas diretas de produtos artesanais e mantêm o conceito de sustentabilidade ambiental criado por ela, que utiliza jornais, sacos de cimentos, banners e retalhos de tecidos para produção de suas peças.
“Utilizar ferramentas eficazes para promover a sustentabilidade econômica de grupos em vulnerabilidade, principalmente quando o material reciclado se transforma em arte, deve ser implementado e valorizado, pois o resultado social dignifica a mulher e sua família”, explica Solange Bottaro, vice-presidente da Instituição Social Ramacrisna, que dá apoio e suporte ao trabalho da cooperativa, que gera trabalho e renda extra para mulheres de comunidades rurais de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.
A venda direta é um sistema de comercialização de bens de consumo e serviços baseado no contato pessoal entre vendedores e compradores, fora de um estabelecimento comercial fixo, tendência que vem crescendo em diversos segmentos de mercado no país. No Brasil, esse mercado conta com mais de 4,5 milhões de pessoas em sua força de vendas, gera cerca de 8 mil empregos diretos e atingiu, em 2013, US$ 14,6 bilhões em volume de negócios. O país ocupa a quarta posição no ranking da World Federation of Direct Selling Associations(WFDSA), atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e China.
Os crescentes números revelam mudanças no comportamento dos consumidores. Que têm uma tendência de valorizar experiências e conceitos que primam pela sustentabilidade do planeta e fortalecem eixos ambientais, sociais e econômico. Quando um consumidor mais consciente se depara com um produto que tem qualidade, criatividade, design inovador, são ecologicamente corretos, feitos de materiais reaproveitados e ainda são efetivamente instrumentos de inclusão social e geração de trabalho e, imediatamente cria-se uma conexão com o público em geral. “No caso da Cooperativa, estas constatações de adesão imediata do público foram concluídas em projetos pilotos que fizemos com alguns revendedores pré-selecionados. A Futurarte além de entrar no mercado de venda direta com um posicionamento bem diferenciado, prima também por uma excelente remuneração dos revendedores dos produtos”, ressalta Thayane Fidelis, consultora de marketing da Futurarte.
Sobre a FUTURARTE
Criada em julho de 2004 pela Instituição Social Ramacrisna, com patrocínio da Petrobras, a cooperativa tem como objetivo gerar trabalho e renda para mulheres da zona rural de Betim a partir da produção e comercialização de produtos artesanais sustentáveis. A produção das peças prioriza o reaproveitamento de materiais recicláveis e surpreende pela qualidade e design das peças. Em junho de 2007, uma de suas bolsas foi premiada no concurso de design FORM 2007, da Feira TendenceLifestyle, na categoria “Solução Inovadora”, realizada em Frankfurt, na Alemanha. A peça foi escolhida entre 117 concorrentes de 16 países. Em 2008, a Futurarte recebeu o Selo de Qualidade IQS (Instituto Qualidade Sustentável), e, em 2009, 2011 e 2012 foi selecionada pelo SEBRAE para o Prêmio Sebrae Top 100, juntamente com as cem melhores unidades produtivas de artesanato do país. Em 2012, criou e confeccionou chapéus em papel jornal para o desfile de abertura do Minas Trend Preview Primavera Verão 2013. A crítica considerou as peças como esculturas e obras de arte. Em 2013, através do investimento do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi possível a construção de sua sede própria, que tem como madrinha, a atriz e apresentadora, Elke Maravilha.
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